Uma operação surpresa realizada pela Polícia Militar e pela Prefeitura fechou 21 bares em três bairros da periferia de Campinas neste sábado (2). De acordo com a PM, alguns estabelecimentos apresentaram alvarás de funcionamento vencidos há 20 anos. Dois comerciantes foram detidos, um deles por ter desobedecido à ordem de interdição do local.
A operação teve início durante a tarde e se estendeu até a noite de sábado. Foram mobilizados pelo menos 20 policiais, que atuaram nos bairros Jardim Santa Eudóxia, São Fernando e Itatiaia. Um dono de bar foi detido por desobediência porque reabriu o comércio minutos depois do local ter sido interditado. Um segundo comerciante também teve de prestar depoimento na delegacia porque foram encontradas quatro máquinas de caça-níquel no estabelecimento. Além da fiscalização nos bares, a PM realizou 105 abordagens naquela região e efetuou 13 autuações contra veículos em irregularidades de trânsito.
Casas Noturnas
Na noite de sábado os fiscais da Prefeitura de Campinas retornaram nas 12 casas noturnas fechadas pela fiscalização desde quinta-feira (31/01). Apenas uma delas descumpriu a ordem de interdição e estava funcionando. Segundo a assessoria de imprensa da administração, a Cachaçaria São Joaquim será multada em cerca de R$ 1,5 mil por dia por descumprir a ordem.
Após a interdição, o empresário da Cachaçaria São Joaquim foi à Prefeitura e disse que resolveu os problemas apontados, mas não conseguiu liberação para o estabelecimento funcionar. Ninguém foi encontrado para comentar o caso neste domingo. A fiscalização também esteve no Clube Apô, mas nenhuma irregularidade foi encontrada. Na boate Kitnet, os fiscais não encontraram ninguém.
Mais Casas Noturnas
Mais três casas noturnas tiveram as atividades suspensas pela Prefeitura de Campinas (SP), na madrugada deste sábado (1º), em Campinas, quando onze estabelecimentos receberam a visita dos fiscais da Secretaria de Urbanismo e do Corpo de Bombeiros. A força-tarefa já passou por 35 locais desde quinta-feira e oito destes estavam fechados. Ao todo, são treze casas noturnas fechadas até agora, com 27 vistorias realizadas.
Dentre as casas noturnas fechadas nesta madrugada estão a Funnys Club, localizada no bairro Jardim Santana e a Tetriz Piano Club, no Taquaral. Ambas estavam com o alvará de funcionamento vencido. Já a casa Troia, que fica no Cambuí, também foi interditada, mas porque não passou pela vistoria do Corpo de Bombeiros.
O G1 tentou contato com todas as casas interditadas, mas ninguém foi localizado para comentar o caso. Segundo a Prefeitura, os trabalhos para verificação dos estabelecimentos vai ter continuação ao longo deste sábado.As boates Chão Brasil, Subway Lounge e Bar e Opera 7 foram visitadas e estavam regularizadas segundo a Prefeitura. Outras quatro casas noturnas também passariam pela fiscalização, mas estavam fechadas e inviabilizaram a operação. São elas: Clube da Saudade, Plush Bar, Clube Internacional Lounge e Sonique Bar.
Uma das casas que tiveram atividades suspensas na quinta-feira (31), o Cartum, no distrito de Sousas, já tem autorização para reabrir. A administração municipal informou que a situação foi regularizada e, por isso, um novo alvará foi emitido. A gerência do estabelecimento informou que as atividades já foram retomadas na sexta-feira.
Força-tarefa
O trabalho para verificação dos estabelecimentos iniciou após a publicação de um decreto, na quinta-feira, assinado pelo prefeito Jonas Donizette (PSB), no qual ele determina as visitas. Dos 24 locais, 16 possuem alguma irregularidade na documentação, segundo a Prefeitura. A Secretaria de Urbanismo informou que a suspensão é uma etapa anterior à lacração e não prevê multa aos proprietários.
Casas fechadas e reabertura
A força-tarefa envolve equipes com fiscais da Secretaria de Urbanismo e do Corpo de Bombeiros. Os estabelecimentos Manga Real, Espaço Mog, Cartum (já regularizado), Rancho 2000, Cachaçaria São Joaquim, Armorial, Pride Club, Galo de Ouro, Prime Hall e Livre Club Bar tiveram a atividade suspensa até regularizem os problemas apontados pela Prefeitura, todos por problema de alvará vencido ou falta do documento.
Sobre a reabertura das casas, o diretor de Controle Urbano da Secretaria de Urbanismo, Moacir Martins, disse que “depende exclusivamente dos proprietários”. Ele afirmou que a Prefeitura terá agilidade no processo de liberação após os estabelecimentos corrigirem as falhas apontadas durante as visitas.
Estabelecimentos
O Livre Club informou que o alvará da casa venceu em novembro, mas em outubro o pedido de renovação foi feito para a Prefeitura. Em relação ao laudo do Corpo de Bombeiros, a proprietária da casa disse que pediu vistoria pouco após o vencimento, em janeiro.
O Espaço Mog informou que pediu a renovação do alvará de funcionamento em novembro, um mês antes do vencimento do documento, mas não teve retorno da Prefeitura. Já no Manga Real o problema foi com o laudo do Corpo de Bombeiros. O estabelecimento informou que já agendou a visita dos técnicos da corporação.
O responsável pelo Rancho 2000 disse que entregou todos os documentos necessários para a liberação do alvará foram entregues em novembro e que, desde então, depende da Prefeitura para ter o documento. O G1 ligou nas casas noturnas Armorial, Pride Club e Galo de Ouro e Prime Hall, mas ninguém foi encontrado para comentar a suspensão das atividades.
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